OBITUÁRIO. Faleceu Sara Tavares. A cantora e compositora tinha 45 anos e lutava há mais de uma década contra um tumor no cérebro. Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, manifestou a sua tristeza à família da cantautora.
Sara Alexandra Lima Tavares morreu, este domingo, no hospital da Luz, em Lisboa. A cantora e compositora tinha 45 anos e há mais de uma década que tinha sido diagnosticada com um tumor no cérebro.
Sara Tavares nasceu em 1978 em Lisboa. Ganhou notoriedade depois de vencer a primeira edição do concurso de talentos “Chuva de Estrelas”, da SIC, em 1994. No mesmo ano participou no Festival da Canção com ‘Chamar a Música’, tendo obtido o 8º lugar no Festival da Eurovisão.
O diagnóstico de tumor no cérebro
Em 2009, Sara Tavares foi obrigada a interromper a carreira devido ao diagnóstico de um tumor no cérebro. Mas a luta prolongou-se e cantora acabou por voltar à musica.
Em 2011, recebeu Prémio de Melhor Voz Feminina nos Cabo Verde Music Awards e no ano seguinte deu continuidade à digressão internacional “Xinti”, título do álbum editado em 2009, que lhe valeu o Prémio Carreira do África Festival na Alemanha.
Em 2018 esteve nomeada para os Grammy Latino com o quinto álbum, “Fitxadu” (2017), no qual aprofundou a relação com a música cabo-verdiana, contando com Manecas Costa, Nancy Vieira, Toty Sa’Med e Kalaf Epalanga entre os convidados.
A par da carreira em nome próprio, Sara Tavares colaborou com vários nomes da música portuguesa e lusófona, nomeadamente Ala dos Namorados, Rui Veloso, Dany Silva, Paulo Flores, Buraka Som Sistema e Carlão.
O último trabalho
Ao longo do último ano, Sara Tavares tinha vindo a divulgar alguns temas novos, ao fim de cinco anos de silêncio. O mais recente tema, intitulado “Kurtidu”, saiu em setembro passado pela Sony Music.
Sara Tavares nasceu a 1 de fevereiro de 1978, em Lisboa, tendo ascendência cabo-verdiana – o que levava para as suas músicas. Cresceu no Pragal, no concelho de Almada.
O Presidente da República deixou este domingo uma mensagem à família de Sara Tavares. “Manifesto a minha tristeza e o reconhecimento pela sua vocação, dedicação e determinação”, lê-se no comunicado.
Marcelo Rebelo de Sousa recorda a portuguesa de origem cabo-verdiana, que manteve sempre forte ligação aos seus pares, em diversas colaborações e homenagens, e grande proximidade à música e aos músicos africanos.