Unidas contra a violência doméstica no Tâmega e Sousa

PREVENÇÃO. Projeto da Comunidade Intermunicipal do Douro, Tâmega e Sousa já ajudou mais de 1500 vítimas de violência doméstica.

Unidas – Rede Intermunicipal de Apoio à Vítima do Douro, Tâmega e Sousa – tem onze estruturas de atendimento, uma por cada concelho. Prestam apoio jurídico, psicológico e social às vítimas que procuram a rede (e que podem até ser de outros concelhos)

De abril de 2021 a 30 de setembro de 2023, a UNIDAS registou um total de 9811 atendimentos, a que correspondem 1585 vítimas de violência doméstica (adultos).

Além disso, a rede presta também apoio a crianças e jovens. De fevereiro de 2022 a 30 de setembro de 2023 os psicólogos da rede fizeram um total de 2111 atendimentos psicológicos a 247 crianças e jovens vítimas de violência doméstica.

Número de pedidos de ajuda à Unidas tem vindo a aumentar

Em 2023, por exemplo, subiu 20% em relação ao ano anterior. Este ano, a Unidas está a receber, em média, 57 novos casos por mês.

Estes dados evidenciam uma tendência crescente, de 20%, face ao número de processos que chegaram à rede de apoio Unidas em 2022. Só nos primeiros nove meses deste ano, registou-se uma média de 57 novos casos por mês nas 11 estruturas de atendimento, situadas em Amarante, Baião, Castelo de Paiva, Celorico de Basto, Cinfães, Felgueiras, Lousada, Marco de Canaveses, Paços de Ferreira, Penafiel e Resende.

“Em 2022, cerca de 40% das vítimas com denúncia registada não tinham acompanhamento nas estruturas de atendimento da Unidas. Já no primeiro semestre de 2023, essa percentagem diminuiu para 25%”, revelam os dados do Observatório das Dinâmicas Territoriais, criado pela CIM do Tâmega e Sousa.

A maioria das vítimas que procura ajuda é do sexo feminino. Um cenário que vai ao encontro do panorama verificado nas 11 estruturas de atendimento da Unidas entre 2020 e 2021, onde 91% das vítimas era do sexo feminino e tinha uma idade média de 44,25 anos, ou seja, ligeiramente superior à idade média das vítimas a nível nacional (42 anos).

O casamento é, também, outro dos fatores em comum a 41% das vítimas, sendo, na maioria dos casos, o agressor do sexo masculino (90%) e com uma idade média de 46,41 anos. Além disso, 37% das pessoas que procuraram ajuda nos anos indicados encontravam-se, à data, em situação de desemprego e com episódios de violência a ocorrerem maioritariamente (67%) na residência comum da vítima e do/a agressor/a. Na maioria dos casos, a violência psicológica (95%) estava também presente.

Os cidadãos que procurem apoio social, psicológico e jurídico no âmbito de casos de violência doméstica podem solicitar ajuda nas 11 estruturas de atendimento disponíveis nas Unidas.

A constituição e funcionamento desta rede representou um investimento de cerca de 205 mil euros, sendo cofinanciado pelo POISE – Programa Operacional Inclusão Social e Emprego, através do Fundo Social Europeu, e pelos 11 municípios que integram a CIM do Tâmega e Sousa.

António Orlando

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