JUSTIÇA. Da lista suspeitos faziam em parte os dois últimos presidentes do Conselho de Administração do CHTS, Carlos Aberto Silva, que deixou recentemente o cargo e o seu antecessor, Carlos Vaz.

O juiz do Tribunal de Instrução Criminal de Penafiel decidiu não levar a julgamento os 11 administradores do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS), que estavam indiciados pelo Ministério Público dos “crimes de peculato de uso e de abuso de poder, por suspeitas de terem, durante cerca de um ano e meio, utilizando viaturas oficiais do hospital para uso pessoal, por exemplo durante as férias e aos fins da semana”.
Confrontado com os factos apresentados pelo MP e pelos argumentos da defesa dos arguidos o juiz de instrução criminal concluiu que “não ficou provado que os administradores soubessem que as condutas eram punidas por lei”.

A acusação, recorde-se, foi feita através de uma denúncia anónima ao MP que, segundo um cálculo realizado pela Inspeção-Geral das Atividades de Saúde (IGAS), os arguidos tinham lesado o CHTS “em cerca de 63 mil euros, em custos associados ao pagamento de combustível, portagens e parques de estacionamento”.