COOPERAÇÃO. Aldeia de Baião serve de balão de ensaio a políticas de gestão sustentável do território e redução do risco de incêndios
A Comunidade Intermunicipal (CIM) do Tâmega e Sousa passou a fazer parte do projeto europeu “PAISACTIVO – Paisagens corta-fogos: ativação do espaço rural para um território resiliente”.
Trata-se de um projeto na área da gestão sustentável do território e redução do risco de incêndios, que foi apresentado no dia 15 de dezembro, no Parador de Verín, em Monterrei, Espanha.
A representar a CIM do Tâmega e Sousa esteve o Primeiro-Secretário do Secretariado Executivo Intermunicipal, Telmo Pinto, acompanhado pelo Presidente da Câmara Municipal de Baião, Paulo Pereira, que é também uma das entidades parceiras deste projeto.
Com um investimento superior a 1,5 milhões de euros, cofinanciado pelo POCTEC – Programa Operacional de Cooperação Transfronteiriça entre Espanha e Portugal, o projeto visa aumentar a resiliência do território face ao risco de incêndio, valorizando e melhorando a gestão sustentável das terras agroflorestais, bem como proteger e dinamizar os aglomerados rurais e promover a sua sustentabilidade.
De referir que a zona de intervenção do projeto – Galiza e Norte de Portugal – enfrenta um abandono progressivo do espaço rural, que aumenta a sua vulnerabilidade aos grandes incêndios florestais e cria um risco crescente para as aglomerações humanas, nomeadamente as aldeias.
Para a concretização dos seus objetivos o projeto incluirá um diagnóstico das boas práticas de gestão ativa das zonas rurais e ações de capacitação para a dinamização e gestão resiliente das zonas rurais. Será ainda definido um novo modelo de intervenção nas zonas rurais que inclua a governação multinível, necessária para envolver todos os intervenientes-chave no processo de recuperação e gestão ativa do território, maximizando as sinergias sociais, produtivas e ambientais entre as aldeias e a sua envolvente.
Entre outras ações, serão implementados dois projeto-piloto em aldeias. Do lado português, Almofrela, no concelho de Baião, será a aldeia-piloto, enquanto a aldeia galega de Infesta, no concelho de Monterrei, será a representante do lado espanhol.
Após o lançamento seguiu-se uma reunião de parceiros, na qual foi apresentado o plano de trabalhos a implementar durante os próximos três anos – até outubro de 2026 –, com o objetivo de promover a gestão sustentável do território e redução dos riscos de incêndios, uma das áreas de intervenção da CIM do Tâmega e Sousa.
O projeto PAISACTIVO é coordenado pela Agência Galega de Desenvolvimento Rural e os parceiros galegos são a Universidade de Santiago de Compostela, a Fundação Juana de Vega e o Município de Monterrei. Da parte de Portugal participam a CIM do Tâmega e Sousa, o Município de Baião, o Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território (CEGOT) da Universidade de Porto e a Direção-Geral do Território.