SAÚDE. CHTS colocou, na passada sexta feira, o primeiro cardioversor desfibrilador implantável (CDI), um dispositivo que protege o doente em caso de sofrer uma arritmia grave.
A colocação do cardioversor desfibrilador implantável, que, nas palavras de Aurora Andrade, diretora do Serviço de Cardiologia do CHTS, é “fundamental para evitar a morte súbita” em doentes com arritmias graves, está a cargo dos cardiologistas Inês Oliveira e Pedro Carvalho que, na passada sexta feira realizaram os três primeiros procedimentos do género no Hospital Padre Américo.
“Agora, os nossos doentes, já não necessitam ir ao São João para colocar o desfibrilador implantável”, congratula-se Aurora Andrade, o que, diz, “é muito vantajoso para o doente”, que necessita de várias consultas de acompanhamento, nomeadamente para a monitorização dos dados e reconfiguração do dispositivo de acordo com as necessidades do paciente.
Como funciona o CDI
O CDI faz uma monitorização constante do coração, atuando automaticamente para corrigir o ritmo cardíaco. Se o coração estiver a bater muito rapidamente e de forma irregular, o dispositivo envia pequenos sinais elétricos indolores para corrigir o ritmo cardíaco. Se o ritmo continuar acelerado, o desfibrilador aplica um choque para obrigar o coração a voltar a bater normalmente, tal como acontece com um desfibrilador externo.
O desfibrilador implantável pode, igualmente, ser usado no tratamento do ritmo cardíaco lento, enviando impulsos elétricos para corrigir o ritmo dos batimentos.