AMBIENTE. Os biorresíduos já não são lixo!”, é designação de campanha apresentada na Câmara de Amarante

O projeto piloto de recolha seletiva de resíduos orgânicos surge no âmbito da candidatura Amarante Verde por Natureza, cofinanciada pelo POSEUR, e tem como objetivo, por um lado incentivar a separação de biorresíduos – fração orgânica – e, por outro, reduzir a deposição em aterro, por forma a cumprir as metas europeias para 2030 que implica atingir os 60% do total dos resíduos urbanos existentes para o ano de 2030. Em 2035 a Meta de Deposição em Aterro não poderá ultrapassar os 10% da totalidade dos resíduos urbanos.
Numa primeira fase, o projeto de recolha seletiva de resíduos orgânicos, de proximidade e porta-a-porta, será aplicado em áreas específicas, nomeadamente: restauração no centro histórico, algumas zonas residenciais, instituições particulares de solidariedade social, entidades e escolas. Serão disponibilizados pontos de recolha de biorresíduos e distribuidos, gratuitamente, baldes domésticos e contentores. Será, assim, possível a separação na fonte dos biorresíduos contribuindo para um sistema de gestão de resíduos mais sustentável.
Após a fase piloto, o projeto será alargado às restantes freguesias da zona urbana do concelho.

A Meta de Deposição em Aterro em 2035 impõe uma alteração profunda no quotidiano dos cidadãos, neste caso, nos amarantinos. “Até ao momento, o Município de Amarante não dispunha de qualquer sistema de recolha seletiva de biorresíduos, nem de compostagem, dirigindo todos estes materiais, de forma indiferenciada, para aterro, traduzindo-se em custos materiais e ambientais muito significativos para o município e para a população em geral”, explica José Luís Gaspar, presidente da Câmara de Amarante.
Para o autarca “esta medida” é muito mais do que uma simples mudança logística, representa um passo concreto na promoção da responsabilidade ambiental e na consciencialização da comunidade. “O meu desafio é que os amarantinos participem neste processo evolutivo, com entusiasmo. Em conjunto, podemos alcançar objetivos ambiciosos e muito importantes para o presente e para o futuro da nossa comunidade.”
Refira-se que em finais de setembro, um outro concelho da região do Tâmega, no caso Baião, apresentou idêntico projeto piloto designado por “O Resto No Lugar Certo”.