SAÚDE. Urgência do Hospital Padre Américo é a única com capacidade médico-cirúrgica do centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS), que inclui também o Hospital de São Gonçalo, em Amarante, onde funciona uma urgência básica.
A urgência do Hospital Padre Américo, em Penafiel, teve ao fim da manhã de hoje entre 50 a 70 doentes internados, parte dos quais em macas de ambulâncias, e tempos de espera de várias horas.
A denuncia é feita por diferentes comandantes de bombeiros da região do Tâmega e Sousa que se queixam de ter as ambulâncias “presas” no hospital por causa das macas que são utilizadas como camas para os doentes.
É uma situação muito complicada para a corporação provocada pela falta de capacidade do hospital. Nas últimas horas tivemos uma ambulância retida no hospital de Penafiel das 06.30 horas às 11 horas, porque o doente estava na maca da ambulância no interior da urgência. Isso não pode acontecer ficarmos sem a ambulância tanto tempo. Isso coloca-nos muitos problemas nos meios disponíveis para prestarmos socorro à população. As dificuldades em Penafiel, têm obrigado também a um maior número de transportes de casos urgentes para os hospitais do Porto, o que retém ambulâncias entre cinco a seis horas
Sérgio Silva, Comandante BV Marco de Canaveses
“Aquilo é quase uma medicina de guerra. Só a triagem demora cerca de 30 minutos e as ambulâncias ficam retidas várias horas. Hoje de manhã estavam lá 25 ambulâncias. O serviço não tem capacidade para atender tantas ocorrências, a maioria do foro respiratório.
Alexandre Pinto, Comandante BV Baião
Temos conhecimento das dificuldades no Padre Américo, mas o hospital de São Gonçalo, em Amarante, que também integra o CHTS, tem conseguido dar resposta à maioria das situações, com um tempo de espera normal nesta altura do ano. Quanto a Penafiel, para onde são encaminhados os doentes que carecem de cuidados mais especializados, o tempo de espera é acima do normal.
Rui Ribeiro, Comandante BV Amarante
O CHTS integra desde o início do ano a nova Unidade Local de Saúde (ULS) do Tâmega e Sousa, que passa a ter como diretor clínico o médico intensivista do hospital de São João Nelson Pereira.
A ULS Tâmega e Sousa assumiu a gestão dos hospitais públicos e dos centros de saúde daquele território, formado por 12 municípios.