INAUGURAÇÃO. Investimento global ascendeu a 1,4 milhões de euros, sendo que 1,1 milhões foram financiados em 85% por fundos comunitários
Pedro Adão e Silva, ministro da Cultura, diz não ter dúvidas que aconselharia o seu melhor amigo a visitar o Museu Carmen Miranda, inaugurado por si esta sexta-feira, no Marco de Canaveses.

Admitindo que esta “foi a última inauguração” a que presidiu enquanto titular da pasta da cultura, – dia 10 de março há novas eleições legislativas – o responsável lembrou o grande significado de Carmen Miranda. “Quando nós olhamos o que é a afirmação das estrelas pop de hoje, percebemos que a distância que vai para a Carmen Miranda é uma distância curta. Tivemos a cerimónia dos grammys, a Taylor Swift ou a Miley Cyrus não são tão diferentes da forma como se apresentam daquela que era a forma como Carmen Miranda se apresentava há praticamente 100 anos”.

Para Pedro Adão e Silva, numa altura que celebramos os 50 anos em democracia, “é uma reflexão interessante verificar que a distância do tempo da Carmen Miranda e da afirmação pública para as grandes estrelas planetárias de hoje é uma distância que é muito maior em relação ao que era o nosso país no tempo da Carmen Miranda”.
O espaço museológico do “Carmen Miranda” recuperou dois edifícios de traça brasileira, que passaram a estar unidos por um novo bloco, que funciona como um espaço multiusos.

A exposição permanente sobre a Carmen Miranda, revela “um espaço diferenciado que combina elementos gráficos, multimédia – hologramas, videomapping- de forma versátil e criativa”. Por exemplo, num quadro interativo, é possível ao visitante experimentar as jóias usadas por Carmen Miranda. “A ideia foi criar um museu inclusivo, acessível e dinâmico, proporcionando experiências atrativas aos visitantes”, explica Cristina Vieira, presidente da Câmara Municipal do Marco de Canaveses.

Um busto da Carmen Miranda, uma réplica da laje “Estrela da Carmen Miranda” (situada no passeio da fama em Hollywood Boulevard) e ao lado, uma placa com as suas mãos e pés gravados no cimento, uma réplica do pátio do Grauman’s Chinese Theatre, dão as boas-vindas a quem visita o Museu.