Na Casa de Saúde da Boavista, onde se encontrava internado, com 87 anos de idade, faleceu a noite passada o Fotojornalista e pintor Armando José Moreira, que sempre usou o nome artístico de Marco.
Natural do lugar do Marco, freguesia de Cete, município de Paredes, Marco era licenciado em Pintura pela Escola Superior de Belas Artes do Porto, após ter cursado várias artes na antiga Escola
de Artes Decorativas Soares dos Reis, onde teve o pintor António Cruz como um dos seus dilectos mestres. E na área da pintura realizou diversas mostras, como design gráfico dirigiu numerosas
edições de livros.
Marco, distinguido com vários prémios de Fotografia, iniciou-se na profissão como colaborador do Diário de Notícias e no semanário Musicalíssimo, tendo passado profissionalmente para o quadro do Jornal de Notícias, onde terminou a carreira da fotojornalista.
Durante o seu percurso profissional, na cobertura de uma prova automobilística, sofreu um atropelamento, que o colocou entre a vida e a morte.
Foram inúmeras as exposições dos seus trabalhos fotográficos sobre a Região Norte, nomeadamente os municípios do distrito do Porto, o Rio Paiva, bem como Trás-os-Montes e Alto Douro. Igualmente publicou as suas fotografias em seis álbuns, um dos quais acompanhado de um longo texto de Agustina Bessa-Luís.
Também dado à escrita, assinou alguns textos memorialísticos no semanário O Progresso de Paredes.
Era sócio efectivo da Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto.
