Greve nos serviços de RSU do Marco com adesão total deixa ruas atoladas de lixo

AMBIENTE. Prossegue hoje a greve dos trabalhadores da FCC Environment, no Marco de Canaveses, por melhores salários e condições de trabalho.

A greve do trabalhadores da FCC Environment, empresa que detém a concessão de recolha dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) no concelho do Marco de Canaveses “teve uma adesão total, tendo apenas sido realizados os serviços mínimos, assegurados por iniciativa do próprio Sindicato”, garante o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional, Empresas Públicas, Concessionárias e Afins (STAL).

Refira-se que o STAL convocou uma greve dos trabalhadores na FCC Environement Portugal para os dias 30 de Março e 1 de Abril.

Por todo o concelho são evidentes os reflexos da greve com lixo acumulado nos contentores e zonas adjacentes.

“Após esta demonstração de unidade e determinação dos trabalhadores” da FCC Environment, o STAL refere esperar “da parte da empresa e da Câmara Municipal uma abertura séria para a resolução dos problemas, que respeite os trabalhadores e as funções importantes que desempenham no concelho e ponha fim às discriminações”.

O STAL, por outro lado, explica que entregou uma Resolução para exigir o pagamento correto do Suplemento de Penosidade e Insalubridade e a aplicação da avaliação dos trabalhadores da Administração Local, e que a Associação Nacional dos Municípios de Portugueses (ANMP) “mostrou-se disponível para interceder nesse sentido junto das autarquias, instando-as a cumprir com o que lei determina”, garante fonte sindical.


Nas reivindicações assumidas pelo Sindicato e pelos trabalhadores estão questões gerais de resposta ao agravamento do custo de vida e elevação geral das condições de trabalho, como o aumento de salários em 15%, com um mínimo de 150€, o aumento do subsídio de refeição ou a redução da jornada de trabalho para as 35 horas.

Mas, para lá de questões gerais, os trabalhadores reivindicam “respostas muito concretas” para as condições em que trabalham, como a atribuição de Subsídio de Insalubridade, Penosidade e Risco, a garantia de condições de Saúde e Segurança no Trabalho, o cumprimento dos exames médicos anuais obrigatórios e o reconhecimento das doenças decorrentes da atividade exercida.

Os trabalhadores reclamam ainda a abertura de um processo negocial sério que ponha fim à discriminação entre trabalhadores e regularize as situações de vínculos precários dos trabalhadores que exercem funções correspondentes a necessidades permanentes.

António Orlando

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