Inauguradas obras de reabilitação da estação de Canedo

PATRIMÓNIO. Espaço renovado e com dignidade para servir os utilizadores da ecopista. Espaço capacitado para alojamento urgente e temporário no âmbito da Estratégia Local de Habitação (ELH).

A Estação de Canedo sofreu uma profunda intervenção e está novamente disponível para servir a população com fins diferentes de outrora “mas com a mesma intenção, servir com dignidade a comunidade”, garante a autarquia.

As obras de requalificação foram agora inauguradas pelo autarca local, José Peixoto Lima, sendo que esta foi a última estação dentro do território de Celorico de Basto a ser reabilitada.

A estação de Canedo foi construída na década de 40 do séc. 20, pelos Caminhos de Ferro do Estado, tendo sido finalizada, até ao Arco de Baúlhe, em 1949. O processo de encerramento da linha do Tâmega levou ao abandono do edificado, que agora está a ser recuperado pela autarquia celoricense.

“Esta estação como todas as outras estações foram objeto de atos de grande vandalismo, tivemos que, no fundo, reabilitar tudo, reabilitar o espaço canal, para ser utilizado, reabilitar os edifícios para restituir a memória e património, os azulejos, foram reabilitados por uma empresa da especialidade que fez um trabalho exímio e que lhes restituiu a face de outrora”, explica José Peixoto Lima.

Edifício carregado de histórias e memórias da população local que durante anos usou o espaço nas suas deslocações de automotora, a estação de Canedo, “ganha agora uma nova vida e prestará um serviço diferente no âmbito do alojamento urgente e temporário, inserido na estratégia local de habitação e espaço de venda de produtos regionais, no apoio aos utilizadores da ecopista”, realçou Sérgio Mota, Presidente da Junta de Freguesia de Canedo de Basto e Corgo.

A par da estação de Canedo agora reabilitada será também objeto de reabilitação o edifício da casa do Agulheiro (a casa onde vivia o empregado da CP que manejava as agulhas da via-férrea). O projeto já existe nos serviços técnicos da autarquia e o processo para a sua reconstrução está a ser lançado, e a expectativa da autarquia é a de que a muito curto prazo possamos levar a cabo essa obra”, referiu o edil enquadrando a reabilitação na estratégia local de habitação (ELH).

Refira-se que na “velha” casa do agulheiro vivia uma família, “de forma indigna que foi realojada”.

A escassez de habitação, problema a nível nacional, também se faz sentir em Celorico de Basto. A pretensão da autarquia é a de “reabilitar todos os edifícios públicos que estão devolutos e colocá-los ao serviços das pessoas. A nossa estratégia local de habitação é ampla e não se vincula apenas ao 1º direito, com 362 habitações candidatadas ao apoio, de iniciativa privada. Queremos que as famílias que não têm habitação própria e vivem em condições indignas possam ter uma habitação condigna e com conforto”, acrescentou o autarca.

António Orlando

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