FERROVIA. Medida de Montenegro permite poupança, mas títulos combinados não são abrangidos.Título não abrange ligações ao metro ou autocarro. Já a mensalidade entre Porto e Lisboa, no Intercidades, fica mais barata 473,15 euros
Os passageiros que acumulam diariamente viagens de comboio, metro ou autocarro, sobretudo nas áreas metropolitanas do Porto e Lisboa, não vão beneficiar do novo passe ferroviário nacional anunciado, anteontem, pelo primeiro-ministro. O título, que vai custar 20 euros, é agora alargado a todos os comboios da CP, com exceção dos alfas. A assinatura mensal, que desde agosto do ano passado apenas abrangia comboios regionais, só conseguiu atrair 13 mil passageiros para a ferrovia.
A verdade é que a nova medida anunciada pelo Primeiro Ministro, Luís Montenegro, deixa de fora milhares de portugueses, uma vez que não contempla os passes combinados como o Andante+CP, Andante+CIM Tâmega e Sousa e Navegante Metropolitano, confirmou ao JN o Ministério das Infraestruturas e Habitação.
Na prática, um cliente que viaja diariamente entre Marco de Canaveses e o Porto paga, atualmente, 50 euros, tendo a possibilidade de usufruir de todos os transportes públicos da Área Metropolitana do Porto. Se comprar a nova assinatura de 20 euros, perde o acesso à rede da Metro do Porto, da STCP ou da Unir. Ao mesmo tempo, a assinatura mais baixa do passe Andante custa 30 euros – limitado a três zonas –, resultando no mesmo valor que pagava anteriormente (50 euros).