VINHOS. A Conferência Internacional Enoturismo com Verde Sentido: Património, Comunicação e Inovação recebeu, no Cine-Teatro de Amarante, um conjunto de entidades e operadores turísticos para uma troca de conhecimentos e experiências.
O início dos trabalhos foi feito pela apresentação do Roteiro Enogastronómico Verde Sentido pelo Secretário Geral da AMDT, Ricardo Magalhães, e parceiro institucional, a Associação Empresarial de Amarante, Julieta Oliveira.

As partilhas de exemplos de cidades enoturísticas como Mainz, na Alemanha, Verona, em Itália e Bilbão em Espanha, foram de “extrema importância”, destacando a “necessidade da comunicação com o turista” deste mercado, o enoturista, “através da tecnologia” como meio para divulgação dos produtos turísticos. E uma “proximidade e humanização dos serviços na recepção” dos mesmos, que “ajudam na criação de memórias” que “mais tarde serão” um dos meios mais “importantes da promoção do território”. Ou seja, a viagem com início no sonho e conclusão na recomendação dos locais, experiências e vivências culturais.
NA ocasião foi revelado o caminho feito até agora pelos operadores do território do Douro e Tâmega, incluindo a sub-região de Basto, focando nas “oportunidades que o Enoturismo tem trazido para o negócio”, mas também “algumas das ameaças” para o desenvolvimento mais rápido desta região no turismo, nomeadamente, “as dificuldades de acesso (mobilidade), sinalização nos roteiros e promoção da oferta existente”.

O “valor patrimonial da humanidade” esteve em destaque como meio “para a promoção” de um território, das suas gentes e sua cultura. Rosário Correia Machado, Diretora do departamento de Cultura do Município de Amarante foi a moderadora do painel que abordou a Comunicação no Enoturismo: diálogo entre o património da UNESCO e as regiões Vinhateiras.
Jean-Daniel Debart, de Bordéus, em França, Presidente do Conselho de Turismo de Saint-Émilion, zona demarcada e património da UNESCO, partilhou o exemplo como “forma de unir o património ao turismo e em particular os vinhos, como produto de excelência”.

“O mesmo aconteceu com Victoria Sygminton” que partilhou a experiência mais recente da região demarcada do Douro como património da UNESCO, através da “empresa familiar que está em Portugal há mais de 100 anos”, estando atualmente na quinta geração. “Um exemplo empresarial que do produto, o vinho, se tornou um local único no mundo a oferecer experiências e sensações”.

Luís Pedro Martins do Turismo Porto e Norte de Portugal e António Cunha, da Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR_Norte) destacaram, ambos, a necessidade de “comunicar o enoturismo num todo”, atraindo ao território “um público” que se “interessa pela cultura, pelo património e pelo vinho, como produto único e diferenciado”, bem como “um caminho” para o “desenvolvimento do território e da economia” local e nacional.