INCLUSÃO. Em Amarante as Janeiras já se ouvem! Foi assim na tarde do dia 21 e voltará a ser nas tardes de 30 e 31 deste mês. Pelo quarto ano consecutivo, Amarante vai cantar as Janeiras aos idosos isolados do concelho.

Em Amarante as Janeiras já se ouvem! Foi assim na tarde do dia 21 e voltará a ser nas tardes de 30 e 31 deste mês. Pelo quarto ano consecutivo, Amarante vai cantar as Janeiras aos idosos isolados do concelho.
Uma iniciativa inserida no Programa Apoio 65 – Idoso em Segurança, da Guarda Nacional Republicana, que visa apoiar a população mais desfavorecida e vulnerável, como é o caso dos idosos que vivem afastados ou isolados dos centros populacionais mais ativos; e no projeto Aproximidade, criado pela Câmara Municipal de Amarante no início de 2022, para lhes prestar apoio social, psicológico e de saúde, com vista a tornar o concelho socialmente inclusivo para os seniores.
Recorde-se que esta iniciativa se realizou pela primeira vez em janeiro de 2022 tendo superado as melhores expectativas. A felicidade dos idosos e a surpresa com que a Tuna da Universidade Sénior de Amarante foi recebida levou a que a iniciativa se repita, ano após ano.
Combater o isolamento e a solidão, proporcionando um envelhecimento ativo com uma variada oferta de experiências sociais, culturais e educacionais, é, também, a missão da Universidade Sénior de Amarante.
Assim, na tarde de dia 30 as Janeiras vão ecoar em Vila Chã do Marão, mas a ideia é dar e receber. Os 60 elementos da Tuna da Universidade Sénior de Amarante vão cantar e o grupo de idosos vai devolver com as músicas da infância e dos tempos idos! As pernas estão cansadas e por isso, não se anda de porta em porta mas reúnem-se todos no quentinho das instalações do CLAP – Centro Local de Animação e Promoção Rural – que foi criado em outubro de 1991.
Mais de oitenta idosos anseiam por uma tarde animada, em que se enfatiza o espírito comunitário, com música alegre, boa disposição e letras repletas de simbolismo. No final, e porque as vozes assim o pedem, brinda-se com vinho do Porto e aconchega-se o paladar com o típico bolo-rei e o pão-de-ló. Ainda na tarde de 30 de janeiro, haverá tempo para ir a casa de uma idosa que em março soprará as 100 velas. Já diz o velho ditado “se Maomé não vai à montanha, vai a montanha a Maomé”.
“Vindos de longe, aqui chegamos,
Estamos felizes por aqui estar,
Damos abraços, com mil carinhos,
Que mais não temos para vos dar”