MOBILIDADE. A Presidente da Câmara Municipal do Marco de Canaveses, Cristina Vieira, anunciou, esta terça-feira, em comunicado, que “manifestou o seu total desagrado” ao Ministro das Infraestruturas e da Habitação, Miguel Pinto Luz, e ao Presidente da Infraestruturas de Portugal, S.A., Miguel Cruz, “devido ao caos rodoviário” ocorrido no passado sábado, 8 de fevereiro.
O transtorno foi causado por obras realizadas nas juntas de dilatação da Ponte de Canaveses “sem qualquer aviso prévio à autarquia ou às autoridades locais”. Para fazer cerca de seis quilómetros, desde o nó da A-4 em Castelões até à Ponte de Canaveses, houve quem tivesse demorado 2:30 horas.

A autarca lamentou a “falta de coordenação para minimizar o impacto das intervenções”, sublinhando que “apesar de serem pontuais, as intervenções causaram já constrangimentos da fluidez de tráfego que provocam vários quilómetros de filas de trânsito e obrigam os utilizadores daquela via a ficarem retidos durante várias horas, sem qualquer alternativa de circulação”.
A autarca alertou ainda que “numa situação de contingência que leve ao encerramento, mesmo que temporário, as alternativas existentes provocam um desvio com distâncias superiores a 30 quilómetros, com manifesto prejuízo para a economia, para as pessoas e, em caso de urgência, até para o socorro e salvaguarda da vida dos habitantes desta região”.
A autarca “exigiu” que, em futuras intervenções na área do concelho, sejam adotados procedimentos para minimizar os impactos, nomeadamente que seja previamente prestada informação ao município da “localização exata da intervenção, especificação do tipo de intervenção a ser executada, indicação do prazo de execução dos trabalhos (início e fim), planeamento da sinalização da obra e esclarecimento sobre o acompanhamento da GNR, o modo como a intervenção será publicitada e outros pontos relevantes para o conhecimento do Município”.
Diante do agravamento dos problemas no local ao longo dos últimos anos, devido ao aumento do fluxo de trânsito, Cristina Vieira “reiterou o apelo ao Governo para que seja encontrada uma solução estruturante e eficaz que garanta a mobilidade e segurança da população”, pode ler-se.
A construção de uma nova ponte sobre o rio Tâmega tem animado as discussões nas reuniões de Câmara, em que o Executivo Municipal tem sido acusado de não exercer o seu magistério de influência que conduza à construção de uma nova travessia. Na última reunião, a autarca garantiu que no Plano Diretor Municipal (PDM) foi acautelado um corredor que permite a construção de uma nova ponte que ligue a margem direita do Tâmega à zona das oficinas municipais localizadas na outra margem do rio.
Refira-se que, a circulação na variante à EN211, nas horas de ponta, de manhã e ao final da tarde, o trânsito acumula-se em filas intermináveis de ambos os lados da ponte.