POLÍTICA. Em comunicado, o PS alerta para os impactos desta decisão na governabilidade do município e na estabilidade política e administrativa da autarquia.
O Partido Socialista de Amarante manifestou preocupação com a renúncia de José Luís Gaspar ao cargo de presidente da Câmara Municipal de Amarante para assumir a presidência do Conselho de Administração da ULS do Tâmega e Sousa.

Desde o início do atual mandato, em 2021, dois vereadores já haviam renunciado aos seus cargos, algo que o PS considera ter desconfigurado a equipa eleita. Agora, com a saída do presidente, a instabilidade aumenta, deixando um executivo que, segundo os socialistas, está “sem rumo, sem coesão e sem capacidade para garantir um futuro sólido ao concelho”.
Riscos para a gestão municipal
O PS Amarante considera que a sucessão coloca na liderança do concelho uma pessoa que “não foi eleita para liderar a equipa” e que, por isso, não tem “o mesmo mandato político concedido pelo voto popular”. Alega ainda que esta mudança ocorre num momento crítico para a execução de fundos europeus e programas específicos do Governo, essenciais para o desenvolvimento económico e social da região.
Outro fator apontado como preocupante é a nova distribuição de responsabilidades dentro do executivo da Coligação Afirmar Amarante (PSD/CDS), onde apenas três dos cinco elementos assumirão pelouros, algo que pode comprometer uma gestão eficaz da autarquia.
Acusações de estratégia política
O PS Amarante acusa ainda a coligação de estar a utilizar esta renúncia como “uma jogada tática” para lançar um candidato às próximas eleições autárquicas, colocando interesses partidários acima das necessidades do concelho. Os socialistas defendem que “os amarantinos merecem mais do que estratégias políticas e movimentações de bastidores”, exigindo estabilidade e respeito pelo voto popular.
O futuro de Amarante
O PS reforça o compromisso com um governo municipal “sério, estável e com visão de futuro”, garantindo que continuará a lutar por um concelho gerido com responsabilidade, onde os cidadãos sejam sempre a prioridade.
A câmara municipal ainda não reagiu oficialmente às críticas do PS Amarante, mas a sucessão na liderança do executivo promete continuar a gerar debate político na região.