Baião avança com reabilitação pioneira da antiga EB1 de Logocém para habitação social
A Câmara Municipal de Baião vai transformar a antiga Escola Básica do 1.º Ciclo de Logocém, na freguesia de Gestaçô, numa residência partilhada destinada a pessoas em situação de vulnerabilidade social. O despacho que aprova esta intervenção foi publicado em Diário da República no passado dia 9 de abril.
A obra, orçada em 642 mil euros (IVA incluído), conta com um financiamento de 520 mil euros do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), através do Programa 1.º Direito. A nova unidade habitacional terá capacidade para seis residentes, cada um com quarto e casa de banho privativos, e áreas comuns como cozinha, sala e lavandaria. A empreitada tem um prazo de execução de 300 dias, com a apresentação de propostas aberta até 8 de maio de 2025.
Segundo o presidente da autarquia, Paulo Pereira, esta é uma “resposta inovadora e humanista ao serviço daqueles que mais precisam”, inserida numa estratégia municipal para a criação de soluções habitacionais. Também o vice-presidente, Filipe Fonseca, destacou a importância de dar “nova vida a espaços devolutos”, promovendo habitação digna e acessível.
Este será o primeiro projeto de residência partilhada no concelho, um modelo que visa simultaneamente promover a inclusão social e combater o isolamento, especialmente entre adultos isolados.
A intervenção integra-se numa estratégia mais ampla de reabilitação habitacional em Baião. Desde dezembro de 2024, o município tem vindo a implementar diversos projetos com o apoio do IHRU:
- Requalificação de um edifício no Lugar das Leiras, em Campelo e Ovil, para 18 habitações, num investimento de cerca de 1,7 milhões de euros;
- Reabilitação das antigas escolas EB1 de Outeiro (Viariz) e de Prieira (Teixeira e Teixeiró) para cinco habitações sociais;
- Requalificação concluída da antiga EB1 de Paredes de Baixo, onde foram criadas cinco novas habitações sociais.
Estas ações inserem-se na Estratégia Local de Habitação (ELH), que visa colmatar carências identificadas em 2021, altura em que foram sinalizados 153 agregados familiares a necessitar de apoio habitacional.
