INCLUSÃO. A Câmara Municipal de Amarante vai avançar com a construção de um novo complexo habitacional destinado a cerca de 40 pessoas da comunidade de etnia cigana, atualmente a viver em condições indignas. O investimento, financiado através do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), ascende a 2,34 milhões de euros.
O projeto segue o exemplo do Município vizinho de Paredes, que recentemente inaugurou uma infraestrutura semelhante para alojar famílias até então a residir em barracas.

Segundo Jorge Ricardo, presidente da autarquia, o novo empreendimento é fruto de um diagnóstico participativo integrado na Estratégia Local de Habitação (ELH) de Amarante. A empreitada, designada Construção de Alojamento para Comunidade de Etnia Cigana, foi publicada em Diário da República a 8 de abril e tem um prazo de execução de 360 dias.
Os edifícios serão construídos de raiz na Rua da Vinha, local onde a comunidade reside desde 2006. “Trata-se de um grupo que vive em habitações precárias e sobrelotadas, claramente desadequadas às necessidades das famílias”, explicou o autarca.
Construir e reabilitar 351 casas
No âmbito da Estratégia Local de Habitação, o Município de Amarante estabeleceu um acordo de cooperação para a construção e reabilitação de 351 habitações, das quais 149 serão novas e 202 resultarão de reabilitações. O investimento total ronda os 30 milhões de euros, sendo que 17 milhões já foram aprovados, com grande parte das obras em curso. As habitações serão disponibilizadas em regime de renda acessível, estando a conclusão prevista para abril de 2026.
Jorge Ricardo sublinha, ainda, que as candidaturas submetidas por Amarante representam 33% do total aprovado para os 11 municípios da Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa, reforçando o empenho da autarquia em garantir melhores condições de vida à população local.