AMBIENTE. Almofrela (Baião) e Serra da Freita acolheram jornadas técnicas do projeto europeu PAISACTIVO, centradas na valorização do território rural e na recuperação de solos pós-incêndio. A iniciativa envolve entidades portuguesas e galegas e visa criar um modelo comum de planeamento para áreas agroflorestais vulneráveis.

A aldeia de Almofrela, no concelho de Baião, recebeu no passado dia 28 de maio uma jornada técnica no âmbito do projeto europeu PAISACTIVO, com destaque para a visita à antiga escola da aldeia, atualmente em processo de requalificação para se transformar num centro multifuncional dedicado à coesão social e à revitalização comunitária.
A iniciativa reuniu parceiros técnicos de Portugal e da Galiza, reforçando a cooperação transfronteiriça na gestão sustentável do território rural e na recuperação de áreas afetadas por incêndios.
No dia anterior, 27 de maio, a jornada decorreu na Serra da Freita, em Arouca, onde foram debatidas estratégias para a valorização da paisagem rural, com enfoque na prevenção de incêndios e na promoção de soluções económicas e ecológicas para as regiões do interior.
Estas visitas fazem parte de um ciclo de intercâmbios técnicos iniciado em abril, promovido pela Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa (CIM-TS) e outras entidades do projeto PAISACTIVO. A primeira sessão decorreu em Vila Pouca de Aguiar a 29 de abril, seguindo-se uma visita à Serra da Aboboreira no dia seguinte. Ao longo de 2025, o ciclo continuará com quatro visitas P2P na Galiza, focadas na partilha de boas práticas e no estudo conjunto de políticas públicas como a Lei de Recuperação da Terra Agrícola da Galiza e o Programa de Transformação da Paisagem de Portugal.
Todas estas ações vão contribuir para a construção do Plano Territorial Modelo, o principal produto do projeto PAISACTIVO, que visa criar um “instrumento inovador de planeamento e intervenção em territórios agroflorestais vulneráveis. Este plano será aplicado, numa primeira fase, nas aldeias-piloto de Almofrela (Portugal) e Infesta (Galiza)“, explica fonte da CIM-TS.
O PAISACTIVO é financiado em 75% pelo Programa de Cooperação Interreg POCTEP 2021-2027 e conta com um orçamento total superior a 1,5 milhões de euros. É coordenado pela Agência Galega de Desenvolvimento Rural, contando com oito entidades parceiras dos dois lados da fronteira, entre as quais se destacam, do lado português, a CIM do Tâmega e Sousa, a Câmara Municipal de Baião, a Faculdade de Letras da Universidade do Porto e a Direção-Geral do Território.