Mário Magalhães apresentou candidatura à Câmara do Marco de Canaveses com apoio da AD

AUTÁRQUICAS´25. Mário Bruno Magalhães foi apresentado, na tarde de sábado, 27 julho, como candidato à presidência da Câmara Municipal de Marco de Canaveses. A cerimónia decorreu nas imediações do edifício camarário e marcou o início oficial da sua candidatura, enquanto independente apoiado pela coligação Aliança Democrática (PSD/CDS-PP).Na ocasião foram também apresentados os candidatos a todas as juntas de freguesia, “o que é inédito num movimento de cidadãos independentes”, clamou o candidato.

Com um passado político ligado ao Partido Socialista, no qual desempenhou funções como vice-presidente da câmara e autarca de freguesia, Magalhães afastou-se do PS há cerca de três anos, após divergências internas com a atual presidente e recandidata, Cristina Vieira. A rutura ocorreu na sequência da sua intenção de disputar a liderança da concelhia socialista, o que, alegadamente, motivou a retirada de confiança política por parte da autarca.

Marío Bruno Magalhães com o grupo de candidatos às Juntas de Freguesia pelo “Movimento Marco em Primeiro” – PSD/CDS

“Sou livre, independente e sem amarras”, afirmou, agora, o candidato, reforçando o compromisso de representar todos os munícipes.

No discurso de apresentação, Magalhães declarou que o seu “partido é o Marco”, defendendo uma governação próxima da população. Comprometeu-se a construir o seu programa eleitoral com base nas ideias e preocupações dos cidadãos, afirmando que pretende visitar todas as freguesias, desde zonas rurais a áreas industriais, para ouvir diretamente os marcuenses.

“Queremos um concelho para todos, sem exclusões”, afirmou, prometendo políticas de inclusão e desenvolvimento económico, assentes na modernização industrial, valorização da cultura, turismo e conhecimento.

Críticas à Gestão Municipal

O candidato Mário Magalhães dirigiu duras críticas ao actual Executivo liderado por Cristina Vieira, questionando a transparência do acordo celebrado entre a autarquia e a empresa Águas do Marco. “Será possível acreditar que a empresa Águas do Marco perdoou 70 milhões de euros aos marcuenses?”, interrogou, referindo-se aos termos do acordo, apresentados pela autarca como um “excelente negócio”.

Segundo o candidato, a empresa – agora rebatizada como Companhia das Águas – não assume os encargos com as obras da expansão das redes de água e saneamento, atuando, na prática, como um simples “balcão de cobranças de facturas aos munícipes”.

Magalhães explicou que, fruto desse acordo, a responsabilidade pela realização e financiamento das obras passou a caber à câmara municipal, através do orçamento público, suportado pelos impostos dos marcuenses. Ainda assim, são os próprios cidadãos a pagar, directamente do seu bolso à empresa, as elevadas facturas dos serviços de água e saneamento.

“O que significa que, para terem acesso à água e ao saneamento em casa, os marcuenses estão a pagar duas vezes pelo mesmo serviço”, afirmou. “Talvez assim se compreenda o alegado perdão de 70 milhões de euros.” Para o candidato, a situação exige maior transparência: “Tem de haver clareza e responsabilidade na gestão dos recursos públicos”, sublinhou.

“Pagamos a água, o saneamento, as infraestruturas e até os danos nos carros causados pelas estradas em mau estado”, declarou, apelando a uma gestão mais rigorosa e transparente dos dinheiros públicos.

Compromissos com a Juventude e Cultura

Mário Magalhães destacou ainda a necessidade de criar condições para fixar jovens no concelho, com oportunidades de emprego e acesso à habitação. “Queremos que escolham esta terra para viver e começar a sua família”, disse, dirigindo-se diretamente à juventude marcoense.

Na área cultural, defendeu a autonomia das associações e rejeitou qualquer tipo de dirigismo político, considerando que a interferência partidária “é nefasta à democracia”.

“Marco em Primeiro” como Lema de Campanha

O candidato concluiu o discurso reforçando a sua motivação pessoal: “Aqui estamos para servir o nosso concelho. Com determinação, energia e força de sempre para colocar o Marco em Primeiro e construir o futuro.” Perante os apoiantes, lançou o apelo: “Estão os Marcoenses comigo neste combate pela democracia, pela verdade, pelo Marco de Canaveses?”

A sessão pública assinala o arranque de uma campanha centrada na proximidade, escuta ativa da população e defesa de uma gestão municipal participada e transparente.

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