(Notícia atualizada às 15:34)
MOBILIDADE. A CP – Comboios de Portugal poderá suprimir três comboios em cada sentido na Linha do Douro, entre Marco de Canaveses e Régua, já neste Verão, devido à devolução de automotoras alugadas à Renfe e à falta de trabalhadores. A empresa enfrenta sérias dificuldades para manter a oferta regular nesta linha ferroviária.

A CP – Comboios de Portugal poderá suprimir três comboios em cada sentido na Linha do Douro, entre Marco de Canaveses e Peso da Régua, já neste Verão, devido à devolução de automotoras alugadas à Renfe e à escassez de trabalhadores. A informação foi avançada pelo jornal Público e está a gerar forte reação política e institucional.
Em comunicado, o PCP classificou a possível redução de serviços como “preocupante” e resultado das “opções erradas dos sucessivos governos do PS e do PSD/CDS”. O partido acusa estas forças políticas de negligenciarem o transporte ferroviário, contribuindo para o despovoamento, a desertificação e o aumento das desigualdades no interior do país.
Segundo o PCP, os governos nunca concretizaram os investimentos prometidos na Linha do Douro, como a aquisição de novos comboios ou o reforço do número de trabalhadores e das suas carreiras. O partido sublinha que a modernização da ferrovia é essencial para assegurar mobilidade às populações e promover coesão territorial.
Também o presidente da Câmara Municipal de Baião, Paulo Pereira, manifestou preocupação com a possível decisão da CP, afirmando que o município acompanha a situação com “muita atenção”. O autarca lamenta que não tenha havido qualquer articulação prévia com os municípios afetados e considera a medida incoerente com o momento atual.
“Seria profundamente lamentável reduzir serviços precisamente quando há forte procura turística e um investimento público superior a 110 milhões de euros na eletrificação da Linha do Douro”, afirmou, alertando para sinais de falhas no planeamento da CP.
Paulo Pereira está em articulação com a Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa e já pediu uma reunião urgente com a administração da CP e com o Secretário de Estado da Mobilidade. Até ao momento, não há confirmação oficial da medida por parte da empresa, sendo esperados esclarecimentos ainda durante o dia.




