Retrato estatístico da “Pordata” evidencia tendências em Amarante, Baião e Marco de Canaveses

AUTÁRQUICAS´25 População em queda e desafios na habitação marcam a região do Tâmega e Sousa

O mais recente retrato estatístico da Pordata, divulgado na véspera das eleições autárquicas, traça um panorama diversificado nos concelhos de Amarante, Baião e Marco de Canaveses, revelando contrastes significativos em relação a outras zonas do distrito do Porto.

Amarante mantém estabilidade demográfica

Entre 2021 e 2024, Amarante conseguiu manter uma relativa estabilidade populacional, contrariando a tendência de perda observada noutros municípios vizinhos. Embora o crescimento tenha sido discreto, o concelho beneficiou de um saldo migratório ligeiramente positivo, sustentado pela proximidade ao eixo Porto–Tâmega e pela melhoria das acessibilidades.

No setor da habitação, a construção de novos fogos tem acompanhado o ritmo moderado do aumento populacional, com um mercado imobiliário em recuperação após o impacto da pandemia. Ainda assim, os preços médios continuam abaixo dos valores registados em concelhos como Penafiel ou Paredes, o que mantém Amarante como um destino atrativo para famílias jovens.

Baião perde habitantes, mas reforça identidade rural

O concelho de Baião figura entre os três do distrito que perderam população entre 2021 e 2024. A redução está associada ao envelhecimento demográfico e à emigração jovem, fatores que continuam a marcar o território.

Apesar disso, Baião tem vindo a afirmar-se como um concelho de qualidade de vida e sustentabilidade ambiental, apostando em políticas de valorização do património natural e do turismo de montanha. A reabilitação de habitações rurais e a promoção de programas de fixação populacional são algumas das medidas em curso para inverter a tendência negativa.

Marco de Canaveses enfrenta quebra populacional e desafios habitacionais

Também o Marco de Canaveses registou uma diminuição do número de residentes, seguindo a mesma tendência de Baião. A descida é explicada pelo saldo natural negativo — mais óbitos do que nascimentos — e por uma menor atratividade no mercado de trabalho local.

No setor da habitação, embora se observe um ligeiro aumento na construção de novas moradias, o ritmo é insuficiente para compensar o decréscimo populacional. A autarquia tem apostado em programas de apoio à reabilitação urbana, sobretudo nas freguesias centrais, procurando revitalizar o tecido habitacional e atrair novos moradores.

Tendência regional

No conjunto, o retrato da Pordata mostra uma região do Tâmega e Sousa em transformação, onde concelhos como Amarante resistem à perda de população, enquanto Baião e Marco de Canaveses enfrentam desafios de renovação demográfica.

A fixação de jovens, o investimento em habitação acessível e o reforço das oportunidades económicas surgem como prioridades comuns para os próximos anos.

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