Emília Silva, antiga Presidente da Câmara Municipal de Baião, marcou presença na cerimónia de tomada de posse de Ana Raquel Azevedo, realizada este domingo, 2 de novembro, na Praça Heróis do Ultramar. O regresso da autarca social-democrata, afastada da vida política há duas décadas, constituiu um dos momentos mais simbólicos da tarde, num evento que assinalou a mudança de ciclo político no concelho.
Em declarações ao Tâmega TV, Emília Silva afirmou ter comparecido como cidadã e residente do concelho, manifestando votos de sucesso à nova presidente. “Desejo que este concelho reinicie uma fase de desenvolvimento. Acho que os baionenses merecem. Estou convicta de que a nova presidente é uma jovem com muita dinâmica e que irá ao encontro das grandes ansiedades das pessoas que lhe deram o voto”, declarou.

A antiga autarca, que exerceu funções até 2005, quando foi derrotada pelo socialista José Luís Carneiro, regressou pela primeira vez a um ato político desde então. Questionada pelo TTV sobre a nova líder da autarquia, respondeu com serenidade e confiança: “Acredito nela. Temos sempre de acreditar. A esperança é a última coisa que nos pode abandonar. Fez uma campanha difícil e vai querer demonstrar trabalho, eficiência e desenvolvimento.”
“Cada autarca tem a sua forma de pensar e fazer”
Sobre uma eventual continuidade entre a sua gestão e a da nova presidente, Emília Silva afasta comparações. “Não considero ninguém sucessor de ninguém. Cada autarca faz o que entende ser melhor. As políticas e as mentalidades variam conforme as pessoas. Mas parece-me que o programa da coligação “Fazer Acontecer PSD/CDS tem objetivos semelhantes aos que defendi — dar mais dinâmica ao concelho.”
A antiga presidente sublinhou que está completamente retirada da vida política, mas mantém uma forte ligação à sua terra e à sua profissão. “Estou reformada da função pública, mas continuo a trabalhar. Nunca tive benefícios partidários nem políticos do exercício do cargo. Perdi as eleições e voltei à minha vida profissional. A política deixa marcas, mas quando o povo não nos quer, temos de aceitar.”
Recusando qualquer papel de conselheira política da nova autarca, Emília Silva diz-se disponível apenas para ajudar a título pessoal quem precise. “Não quero fazer intervenções em área nenhuma. Na minha vida, sempre ajudei quem precisou de mim. Dou a mão a quem precisa, é isso que me move”, concluiu.




